A manifestação do preconceito assusta por ser um ato de total ignorância e desconhecimento. Por causa desses dois ditames, muitos indivíduos diferentes servem de alvo para todo o tipo de violência, a qual geralmente não tem os reais culpados punidos. Nesse sentido, agir de forma preconceituosa contra quem quer que seja já é abominável e é ainda pior quando é praticado em espaços onde reina a confraternização. Um desses locais eram os estádios de futebol. O verbo no passado está bem empregado, porque infelizmente o campo deixou de ser um lugar amistoso para se tornar a arena do preconceito.
Era para ser apenas mais um jogo de futebol. Time em campo, torcedores lotando a arquibancada e então eis que surge algo no ar. Como uma granada arremessada para atingir um inimigo, alguém lança ferozmente um objeto que, comumente, não é utilizado como arma. Rapidamente o projétil chega perto do alvo, o qual resolve comê-lo. Para deixar mais claro, enganou-se quem pensou numa bala, ou qualquer outra coisa do gênero. O objeto misterioso foi uma banana. Isso, aquele fruto super nutritivo foi usado como arma contra o jogador Daniel Alves. Ele que não pensou duas vezes e engoliu a ofensa goela abaixo.
O jogador, que é negro, recebeu de um torcedor a ofensa racista na forma de uma banana. Fato este que, infelizmente não é isolado. Em times europeus, dos quais há uma predominância de atletas de cor branca, quando há um negro, este acaba se tornando alvo de racismo. Na europa, esse ato criminoso vai ser punido. Entretanto, a questão não se resume a uma punição. A incoerente atitude dos torcedores, que vivem entre a adoração e a repressão, denota que nem o futebol está imune de ser palco de violência, mesmo sendo conhecido por agregar pessoas de diferentes definições sociais.
Se em países de primeiro mundo isso ocorre, imagina no Brasil. Por aqui, atletas futebolísticos sofrem por serem negros e são agredidos verbalmente no exercício de suas funções. Numa busca rápida pela internet é fácil de encontrar jogadores de diversos times que passaram por situações como essa. Para ilustrar, muitos lembram do lateral esquerdo Roberto Carlos, que sofreu racismo quando atuava pela Rússia. O que ele tem de semelhante com Daniel, além da cor da pele, é a marginalização do seu trabalho baseado em uma ideia de raça, se é que tal palavra ainda exista.
Isso ainda acontece, porque infelizmente não há um trabalho voltado para a valorização da cultura e do povo negro. Ao invés disso, a negritude é vista como inferior, subserviente e marginal, bem como tudo o que está em sua volta. Ou seja, quando alguém de pele negra assume a sua identidade negróide, desde o cabelo afro, aos gostos musicais e religião, acaba sendo posta à margem, ou, no caso do Daniel, igualado a um macaco. Com isso, no futebol, testemunhar atitudes animalescas como estas de torcedores deixa claro que estes não sabem ou ignoram a origem dos seus atletas.
Os grandes ídolos desse esporte são negros, desde Pelé até o Neymar. Eles e muitos outros vieram de comunidades carentes e conquistaram um lugar ao sol se tornando grandes craques para muitos. Além disso, eles serviram e ainda servem de modelos para muitos, principalmente crianças, negras e pobres, que buscam um futuro melhor, longe de armas, drogas, violência e morte. Tudo isso com a garra de atletas negros, reconhecidos dentro e fora dos gramados nacionais. Ora, então quando algum torcedor ataca um jogador negro ele, incoerentemente, está violando o seu papel no campo de respeitar quem está jogando, independente da cor da pele, ao passo que também desrespeita sua herança histórica, já que na nação não há ninguém cem porcento branco ou negro.
Nesse Brasil repleto de preconceitos, a discriminação vivida pelos negros beira a burrice. Os indivíduos que nutrem esse tipo de pensamento ou vivem com a cabeça nos tempos nefastos da escravidão, ou são tão ignorantes ao ponto de desconhecer todo o trajeto dos negros no país, o qual inclui sofrimento e um riquíssimo legado. Pior ainda é quando esta conduta negativista é aplicada em jogos futebolísticos, onde deveria reinar o espírito de competitividade salutar.
Então, quem quer jogar a favor do preconceito é bom saber que perderá a partida. As minorias ganham a cada dia o seu espaço na sociedade, e com os negros não serão diferentes. Eles não devem ser tratados como animais, apenas pela quantidade de melanina na sua pele. Nem como criminosos, confundidos duvidosamente como bandidos e mortos por isso. Na luta contra esse tipo de opressão, a sociedade deve dar uma banana para quem pensa que negro é bicho. Uma banana para quem desvaloriza o legado e a ancestralidade do povo negro. E uma palma de banana bem grande para o governo, que não investe em políticas afirmativas educacionais em prol desse povo. E, por fim, cartão vermelho e uma banana para quem insiste em dizer que negro é inferior. Qual é a sua real cor afinal?
Era para ser apenas mais um jogo de futebol. Time em campo, torcedores lotando a arquibancada e então eis que surge algo no ar. Como uma granada arremessada para atingir um inimigo, alguém lança ferozmente um objeto que, comumente, não é utilizado como arma. Rapidamente o projétil chega perto do alvo, o qual resolve comê-lo. Para deixar mais claro, enganou-se quem pensou numa bala, ou qualquer outra coisa do gênero. O objeto misterioso foi uma banana. Isso, aquele fruto super nutritivo foi usado como arma contra o jogador Daniel Alves. Ele que não pensou duas vezes e engoliu a ofensa goela abaixo.
O jogador, que é negro, recebeu de um torcedor a ofensa racista na forma de uma banana. Fato este que, infelizmente não é isolado. Em times europeus, dos quais há uma predominância de atletas de cor branca, quando há um negro, este acaba se tornando alvo de racismo. Na europa, esse ato criminoso vai ser punido. Entretanto, a questão não se resume a uma punição. A incoerente atitude dos torcedores, que vivem entre a adoração e a repressão, denota que nem o futebol está imune de ser palco de violência, mesmo sendo conhecido por agregar pessoas de diferentes definições sociais.
Se em países de primeiro mundo isso ocorre, imagina no Brasil. Por aqui, atletas futebolísticos sofrem por serem negros e são agredidos verbalmente no exercício de suas funções. Numa busca rápida pela internet é fácil de encontrar jogadores de diversos times que passaram por situações como essa. Para ilustrar, muitos lembram do lateral esquerdo Roberto Carlos, que sofreu racismo quando atuava pela Rússia. O que ele tem de semelhante com Daniel, além da cor da pele, é a marginalização do seu trabalho baseado em uma ideia de raça, se é que tal palavra ainda exista.
Isso ainda acontece, porque infelizmente não há um trabalho voltado para a valorização da cultura e do povo negro. Ao invés disso, a negritude é vista como inferior, subserviente e marginal, bem como tudo o que está em sua volta. Ou seja, quando alguém de pele negra assume a sua identidade negróide, desde o cabelo afro, aos gostos musicais e religião, acaba sendo posta à margem, ou, no caso do Daniel, igualado a um macaco. Com isso, no futebol, testemunhar atitudes animalescas como estas de torcedores deixa claro que estes não sabem ou ignoram a origem dos seus atletas.
Os grandes ídolos desse esporte são negros, desde Pelé até o Neymar. Eles e muitos outros vieram de comunidades carentes e conquistaram um lugar ao sol se tornando grandes craques para muitos. Além disso, eles serviram e ainda servem de modelos para muitos, principalmente crianças, negras e pobres, que buscam um futuro melhor, longe de armas, drogas, violência e morte. Tudo isso com a garra de atletas negros, reconhecidos dentro e fora dos gramados nacionais. Ora, então quando algum torcedor ataca um jogador negro ele, incoerentemente, está violando o seu papel no campo de respeitar quem está jogando, independente da cor da pele, ao passo que também desrespeita sua herança histórica, já que na nação não há ninguém cem porcento branco ou negro.
Nesse Brasil repleto de preconceitos, a discriminação vivida pelos negros beira a burrice. Os indivíduos que nutrem esse tipo de pensamento ou vivem com a cabeça nos tempos nefastos da escravidão, ou são tão ignorantes ao ponto de desconhecer todo o trajeto dos negros no país, o qual inclui sofrimento e um riquíssimo legado. Pior ainda é quando esta conduta negativista é aplicada em jogos futebolísticos, onde deveria reinar o espírito de competitividade salutar.
Então, quem quer jogar a favor do preconceito é bom saber que perderá a partida. As minorias ganham a cada dia o seu espaço na sociedade, e com os negros não serão diferentes. Eles não devem ser tratados como animais, apenas pela quantidade de melanina na sua pele. Nem como criminosos, confundidos duvidosamente como bandidos e mortos por isso. Na luta contra esse tipo de opressão, a sociedade deve dar uma banana para quem pensa que negro é bicho. Uma banana para quem desvaloriza o legado e a ancestralidade do povo negro. E uma palma de banana bem grande para o governo, que não investe em políticas afirmativas educacionais em prol desse povo. E, por fim, cartão vermelho e uma banana para quem insiste em dizer que negro é inferior. Qual é a sua real cor afinal?
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