"É no icônico Asilo Arkham que os
criminalmente insanos são internados, enquanto o Batman tenta arduamente livrar
a cidade de Gotham City da bandidagem. Coringa é um desses criminosos, que
frequentemente escapa daquele hospital psiquiátrico para aterrorizar àquela
metrópole. Guardada as devidas proporções, Bolsonaro encarna bem esse vilão,
pois, embora não tenha sido preso (ainda), mostra claramente não está de posse
de todas as suas faculdades mentais. Enquanto isso, a sociedade tem servido de
experimento para as suas lunáticas decisões, o que é passível de um estudo mais
aprofundado.
Certa vez li que determinados estágios
de loucura nem sempre são passíveis de internação. Há casos nos quais a mera
observação do indivíduo é o suficiente para traçar mecanismos de tratamento
eficazes. Entretanto, no caso de Bolsonaro internar não é suficiente, é preciso
interditá-lo. O presidente eleito por um discurso enlouquecido pelas fale news
não para de demonstrar sintomas claros da sua sandice, que por sinal tem se
tornado coletiva. Após o tosco episódio do golden shower e da bajulação
deslavada ao seu correlato Trump, agora o mentecapto regente do Brasil trata de
permitir a comemoração de um dos episódios mais vergonhosos da história do
país, o Golpe Militar que deu início a Ditadura no Brasil.
Para os desmemoriados, este período
foi o responsável pela tortura, expulsão e morte de centenas de pessoas do
Brasil, além de impor um regime ditatorial aos que aqui ficaram. Mesmo diante
dessas verdades históricas, o insano presidente desta nação determina as
"devidas comemorações" ao ano de 1964, ignorando as vítimas desse
período ao passo que exalta seus algozes. Só uma mente delirante é capaz de
tratar como natural acontecimentos desta estirpe. Na verdade, o desequilíbrio
desse ser humano tem demonstrado que a loucura pode ser viral. Por causa dele
há uma inegável perseguição a intelectualidade, às pesquisas científicas e todo
o saber crítico que ouse confrontar os "sábios" do WhatsApp bem como
os "pensadores" do Facebook.
Nestas plataformas, o discurso
temerário é o único possível, pois reproduz os treslocados modos desse
presidente que conseguiu a proeza de colocar a ignorância a frente da
sabedoria. Nesta inversão de valores, as falácias presidenciais querem
ressignificar positivamente um dos períodos mais nefastos da memória nacional.
Com um eleitorado que sequer legitima as fontes históricas, e que está mais
preocupado em militarizar as escolas (em nome de Deus, claro!) do que
estruturá-las com a livre expressão do pensamento, esse desatino de Bolsonaro
passará despercebido. Porém, para os poucos ainda sãos, não será tão simples
impor uma lógica desvairada sobre a sociedade sem uma análise patológica das
ações.
Em boa medida, precisamos fazer uma
grande terapia de grupo com Brasil, transformando-o em um consultório a céu
aberto para conseguir tratar o avanço da irracionalidade proporcionado da
presidência às residências do país. Antes, é preciso encarar certas verdades: o
Brasil é a transfiguração da Gotham City. Hordas e hordas de criminosos,
corrupção, discrepância social e uma crescente onda de loucura. Temos até o
nosso Coringa tão ou mais louco que o dos quadrinhos. Falta o nosso Batman, ou
pelo menos um excelente psiquiatra para, se não internar, receitar algo para a
perturbada mentalidade do nosso presidente e dos contaminados por ele."
Comentários
Postar um comentário