Sexo e Vida em Tempos de Aids.


sexo, vida, tempos, aids, prevenção, saúde, morte, hiv

Como desfrutar da sexualidade de forma segura? Essa pergunta ecoa em todo o mundo, mas infelizmente, poucas pessoas conseguem responde-la de forma coerente, isto porque, a proliferação das DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis) são uma das maiores causas das moléstias venerias que a sociedade moderna precisa enfrentar. Elas estão em todo lugar, contaminando milhares de pessoas, sem definir cor ou condição social. Algumas dessas doenças, como a AIDS (Síndrome da Imuno Deficiência Adquirida) ainda não tem cura, culminando na morte de muitos individuos que a contraem. Lamentavelmente, desde que foi descoberta na década de 80, esse vírus ceifou a vida de muitos que tinham uma rotina sexual promiscua, sendo considerada como a doença da lascividade, já que estava diretamente ligada a relação sexual.

Como se sabe a AIDS é a mais mortal de todas as DSTs, já que até a atualidade não foi descoberta uma cura para o montante de pessoas que sofrem com essa doença. Geralmente, as pessoas que contraem esse vírus pegam através de transfusões de sangue e quem usa drogas injetáveis, torna-se um grande candidato a se contaminar, mas, o ato sexual ainda é o maior meio de contagio. Nesse sentido existem vários grupos de risco que são mais sucetíveis a contaminação.

Antigamente, o mais estigmatizados eram os homossexuais, pois, devido a uma vida sexual muito ativa eles eram taxados de serem os disceminadores dessa doença. Hoje, no entanto, as coisas começam a mudar, de modo que grupos que antes não eram levados em conta tornaram-se o ápice de transmissão dessa doença. É o caso dos idosos, das mulhres casadas e dos adolescentes. O primeiro, após o surgimento de medicamentos para eração, tornou-se o grande transmissor do HIV. Cada vez mais idosos se apropriam de medicamentos para aumentar o apetite sexual, no intuito de satisfazer seus desejos. Até ai nenhum problema. Entretanto, eles acabam tendo relação sem camisinha e levando para dentro de casa as DSTs, dentre elas a AIDS.

Com isso, o segundo grupo acaba sendo atingido diretamente: as mulheres. Elas que geralmente vivem em função do seu companheiro, não no sentido de dependência, mas sim no sentido de fidelidade, já que elas sempre tiveram que viver com o estigma do preconceito e da discriminação, numa sociedade onde o patriarcalismo dita suas regras. Essas mesmas mulheres, muitas vezes são vitimas dos seus conjugueres que mantêm relações sexuais fora do casamento e acabam trazendo para dentro de casa as doenças venerias. O resultado disso é o alto número de mulheres casadas que aparecem com o virus da AIDS, elevando os casos de contagio desse grupo que ocupava a última posição entre os grupos de risco.

Vale salientar também a questão da iniciação sexual entre adolescentes. Esse último grupo hoje tem o seu primeiro contato sexual entre os 13 e os 15 anos de idade. Nessa faixa etária muitos deles não conhecem sobre a própria sexualidade, pois é nesse momento, denominado “adolescência”, que ocorrem àquelas famosas dúvidas sobre a vida, consequentemente sobre a sexualidade. A insegurança que esse período proporciona acaba favorecendo a iniciação precoce a vida sexual, na qual eles não procuram se informar das maneiras mais seguras de ter a sua primeira relação; ou não usam de forma correta os métodos contraceptivos mais comuns, dentre os quais a camisinha, o meio mais seguro de previnir doenças e uma gravidez indesejada.



Enquanto uma possível cura não é elaborada, a forma mais segura de prevenção é usando a camisinha. Sei que já é clichê falar sobre isso, já que os meios de comunicação a todo o momento propagam a crucialidade dela para a prevênção de doenças como a AIDS. Mas, lamentavelmente, com toda a informação dada pelos meios midiaticos, ainda é grande o número de pessoas que desconsideram a sua importância. Prova disso, são os indices de contaminados em todo o mundo. É só você procurar alguma matéria sobre o vírus que, rapidamente serão fornecidos dados crescentes de pessoas que contraíram o HIV. Isso ocorre por descaso, descuido e, principalemente por autoconfiança, em achar que nunca acontecerá com a pessoa que está transando sem camisinha.Todos esses grupos constituem hoje o mosaico de casos de contaminação do vírus da AIDS.

É evidente que, se comparado há dez anos, houve uma grande melhora. O governo passou a fornecer gratuitamente preservativos em postos de saúde; também criou campanhas educativas nas escolas, postos médicos, associações de moradores e etc., para discutir sobre os perigos do sexo desprovido de camisinha; os meios de comunicação a todo o instante divulgam matérias que falam a respeito da necessidade de se fazer sexo seguro... Tudo isso contribuiu para desacelerar a propagação das doenças sexualmente transmissiveis em vários países, dentre eles o Brasil.

Mesmo assim, muito precisa ser feito para retardar o avanço das DSTs e da AIDS. A Universidade Federal de Pernambuco – UFPE - está tentando encontrar um antídoto para impedir o desenvolvimento do vírus HIV. Iguais a Federal, muitos laboratórios em todo o mundo se esmeram para encontrar uma formula que possa curar milhões de pessoas afetadas com essa doença que não só ataca o físico, mas também o psicológico e o emocional, numa sociedade que discrimina e crucifica a pessoa que declara ser portadora dessa doença.

A sexualidade, em todas as suas manifestações, sempre foi motivo de inúmeros debates, visto que, falar sobre sexo ainda é um tabu, sobretudo vivendo numa sociedade onde a precocidade sexual cresce assustadoramente. Pior ainda é quando essa sexualidade está ligada a alguma doença incurável (a AIDS), levando o individuo a ser segregado do meio social, entregue literalmente ao esquecimento. Para que essa discriminação não aconteça o melhor caminho ainda é a prevenção e nesse aspecto a camisinha atua de ator principal no palco da vida.

Respeitar a vida é valorizar os momentos bons que ela pode proporcionar; é repeitar o companheiro (a) que está do seu lado; é respeitar o seu próprio corpo e sempre encontrar uma maneira de suprir seus desejos sem prejudicar o próximo. Quando esses conceitos estiverem sedimentados nas mentes de todos, possivelmente teremos uma drástica redução nos índices de mortalidade causados pelas DSTs/AIDS.

Lembre-se da importância que a sua vida exerce para você e para aqueles que lhe circundam. Pense nisso antes de transar sem camisinha. Tenho certeza que você tomará a decisão correta...







Comentários