Eu não gosto de gay, Eu odeio gay!


O homem foi feito para a mulher, e virse-versa. Essa é a lei natural da vida, da qual o ser humano não pode mudar, uma vez que tal tentativa estaria indo de encontro com o curso da normalidade exigida pela fé cristã, a qual prega a valorização da família, de um lar onde uma figura masculina e outra feminina devem servir de exemplo para uma educação ímpar. Da mesma forma que as crianças têm que ser educadas a se casarem sempre com o sexo oposto, pois isso é o que a natureza lhes predestinou enquanto personificação das suas próprias genitálias.

Tal pensamento também deve ser levado para a escola, espaço onde as crianças afeminadas, ou masculinizadas, devem ser orientadas a fazer um tratamento para curar o seu comportamento anormal, a fim de se enquadrarem entre os outros meninos e meninas normais. A sociedade, por sua vez, deve impedir que os gays conquistem ainda mais espaço, proibindo suas manifestações públicas, repudiando o beijo nas redes televisivas, adiando projetos que criminalizem essa fantasiosa onda de homofobia e propagando a ideia de que dois homens e duas mulheres não podem sentir afeto um pelo outro, porque isso não está correto, já que vai de encontro com o que Deus, a nossa boa moral e bons costumes, nos ensinou. Só assim a perpetuação da espécie humana escapará de um possível extermínio.


O Brasil e o mundo não podem ficar de braços cruzados vendo os homossexuais dizerem o que a sociedade deve ou não aceitar. Com um discurso de diversidade, esse grupo tenta impor que nossas crianças cresçam num ambiente insalubre, onde o referencial de família não estará mais pautado entre pai e mãe, mas sim entre dois pais ou duas mães. Absurdo, além disso, é o casamento desses indivíduos. Agora a lei deve ampará-los com os mesmos direitos que, nós, heterossexuais, temos inclusive o de adotar uma criança. Se nada for feito agora, coisas bem piores serão garantidas a esse grupo.

Até a televisão brasileira está cheia deles, dos mais variados tipos, ensinando aos nossos jovens uma postura de lascividade, num país onde o sexo já é para lá de banalizado. Por viver uma vida desregrada, não é de se esperar que sofram com as consequências de seus atos. Constantemente aparecem mortos, fuzilados, estuprados, agredidos de todas as formas, resultado de uma vida de pecado e indecência. Não sou a favor da violência, uma vez que, como cristão, devo pregar o amor ao próximo, porém, acho que a homofobia surgiu para conter essa praga cor de rosa que insiste em invadir a tradicionalidade das famílias brasileiras.


Esta pequena síntese retrata os diversos níveis de pensamento da nossa sociedade quando o tema em questão é a homossexualidade. Muitas pessoas, em pleno século vinte um, ainda argumentam dessa forma para justificar a sua aversão, incompreensão e ódio com relação aos gays. De fato, você que esta lendo este texto, possivelmente pode se identificar com alguma ideia desta, ou com mais de uma delas. No entanto, numa análise racional desse tema, o que leva alguém a odiar tanto a homossexualidade alheia? Por que a nossa sociedade prefere classificar os gays como algo demoníaco, promiscuo, ao invés de tentar entender a realidade desse grupo? E ainda porque há tantas manifestações de violência contra a comunidade LGBTT, desde preconceito velado a violência evidenciada, numa época onde a modernidade, tecnológica e de pensamento, avança deliberadamente? Tenho certeza que, olhando por esse lado, você leitor compreenderá que a sua postura contra os gays pode estar equivocada.

Estas e outras perguntas, por mais prolixas que pareçam ser, são necessárias para descortinar o nevoeiro do qual a discriminação esconde a brutal realidade dos homossexuais. Seja no Brasil, ou em diversas partes do mundo, o repudio a esse grupo sempre perpassa pelas mesmas razões: antinaturalidade, uma vez que o ato sexual deve ser consumado apenas entre gêneros extremos; família, já que a proliferação dos gays é algo não natural e isso poderia afetar a perpetuação de novas crianças; e a religiosidade, principalmente em países católicos, como o Brasil, ou de religiões mais extremistas espalhadas pelo mundo, as quais dizem categoricamente, em discursos e manuscritos, que a homossexualidade fere os dogmas sagrados.


É perceptível, porém, que nesse discurso fica claramente exposto o sexo, como a base para o equilíbrio na terra. Em nenhum momento há uma análise do comportamento humano, em suas variáveis. Ou seja, as pessoas que incitam o ódio, seja de forma contundente como os homofóbicos que continuam a matar gays pelo país afora; seja os religiosos, com suas demonstrações de intolerância, baseados, muitas vezes, numa psedoideologia. Ou ainda os nossos políticos, os quais pouco têm feito para enquadrar a nação entre os países desenvolvidos, neste sentido. Todos eles só pensam no sexo estratificado, mecânico, irracional. Prática esta que garantirá uma prole, a qual seguirá o mesmo legado.

Deste pensamento, alimentado e perpetuado de geração a geração, resultam o preconceito contra o diferente. Já em casa, pais, vitimas da opressão social, ensinam aos filhos que a homossexualidade é pecado, é antinatural. Na escola o caminho também não difere muito. Lá crianças e adolescentes com tendências homossexuais já são logo identificados, discriminados e, consequentemente excluídos do convívio entre jovens da mesma faixa etária. Os professores, pedagogos e direção até tentam frear a disseminação do preconceito neste ambiente, mas, muitas vezes sem êxito, pois falta conhecimento destes e desprendimento para tratar com mais veemência do tema.


E a violência cresce a cada dia. Não me canso de falar isso, porque quase que diariamente nos meios midiáticos aparecem casos de homossexuais sendo brutalmente violentados, alguns até a morte, por causa da não aceitação de pessoas preconceituosas. Estas assumem, em alguns caos, que cometeram tais atrocidades porque não gostavam de gays, ou porque estavam limpando a terra da prática deles, e o pior, alguns garantem que fizeram isso em nome de Deus. Perceba que não há uma justificativa plausível para machucar um homossexual, apenas a reprodução em massa de uma educação sexista que desprivilegia uns em detrimento de outros. Junto a isso ainda há uma carência legal que criminalize os constantes ataques contra os LGBTTs do Brasil.

As pessoas que se autointitulam não gostar de gays, ou até mesmo odiá-los, estão no grupo dos considerados homofóbicos. Não pensem que a homofobia caracteriza-se apenas pela prática de violência contra um homossexual. Na minha concepção, quando alguém propaga uma frase de ódio, como essa que encabeça este texto, está indiretamente espalhando a violência contra os gays. Para alguns estudiosos, as pessoas que se comportam dessa maneira tem conflito com a própria sexualidade e acabam ferindo o outro pela ousadia dele em se mostrar para o mundo, de uma forma que o agressor, inconscientemente desejaria realizar. Em outras palavras, quem odeia homossexuais, possivelmente é um deles, mas com bloqueios quase que indetectáveis.


Sei que a homossexualidade não é algo simples de ser compreendido. Há muitas coisas para serem descobertas neste campo, com respeito e racionalidade. Sei também dos prejuízos que essa educação baseada no sexo fincou na nossa sociedade, modelo que tem discriminado o diferente. Não gosto de fazer apologia à homossexualidade, nem tão pouco a homofobia, visto que a primeira não se escolhe o corpo do qual irá se manifestar, diferentemente da segunda, a qual quem a pratica, em maior ou menor grau, tem consciência dos seus atos.

Assim, afeminados ou masculinizados, travestis, lésbicas, bissexuais, e as mais incompreendidas, as transexuais, todos fazem parte dessa que deveria ser uma família chamada sociedade. Nela, hoje, alimentar certos preconceitos, soa como antiquado, antagônico. Por isso, vamos modernizar a nossa forma de pensar para impedir que esse tsunami de violência extermine os grupos indefesos e minoritários. Da mesma forma que a escravidão declarada contra os negros acabou, temos que acabar de uma vez por todas com a perseguição desmedida e irracional contra os gays. Respeitar as diferenças e semear a paz deve ser valores cultuados por todos.

Comentários

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  2. Parabéns. O mundo precisa de mais pessoas com o mesmo pensamento.

    ResponderExcluir
  3. Parabéns. O mundo precisa de mais pessoas com o mesmo pensamento.

    ResponderExcluir
  4. Muito bom, falou tudo, mas cuidado pq podem te acusar de fazer discurso de ódio né kkkkkk

    ResponderExcluir
  5. Respostas
    1. Então vai procurar um cérebro que funcione, poque já deu pra ver que o seu não funciona direito

      Excluir
  6. Pensei que era uma pessoa de bem, mas no meio do texto já vi que é só mais um viadão vai tomar no seu cú vagabundo desgraçado, ninguém é obrigado a te apoiar verme kkk

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Bem, realmente, ninguém é obrigado a apoiar ele, mas todos são obrigados a respeitar o próximo e cuidar da própria vida, que se dane a sexualidade dos outros, cuida da sua vida e pronto, ninguém é obrigado a apoiar escória como você também, seres infames como você só xingam porque sabem que o seus cérebro não tem conhecimento o bastante para usar argumentos de qualidade, mostrando, então, os seus intelecto miseráveis deprimentes e primitivos.

      O autor desse blog tem uma opinião muito boa e ele quis se expressar, não pediu para receber discursos de ódio contra ele como o seu, então se não gostou é só parar de ler e sair do site sem falar nada.

      Bem, caso vá fazer outra reclamação, por favor, aponte algum argumento que eu não possa contrariar (desculpe-me, mas não vai achar nenhum).

      Excluir
  7. Se Deus criou homem e mulher,é assim que tem que ser, pois o que passar disso vem do maligno e não tem parte com Deus.A palavra de Deus não volta atrás e cada um vai colher o resu de suas escolhas.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Deus, e nem a Bíblia, em nenhum momento menciona que o homem é obrigado a ficar com a mulher ou vice-versa, Deus prega somente o amor, não importando se é entre duas pessoas de sexo oposto ou de mesmo sexo. Então... PARABÉNS, seu argumento foi anulado com facilidade

      Excluir
  8. Seu MERDA,você e qualquer um que defenda essas práticas, deve morrer.Sou homofobico mesmo. #choramais

    ResponderExcluir
  9. A anacrônica ideologia religiosa sempre a sustentar posturas preconceituosas.

    ResponderExcluir
  10. Quando alguém recorre a explicações a partir do que aprende na cartilha da igreja evidencia que esse alguém não tem opinião própria nem a natural sensibilidade para compreender o que requer apenas entendimento. O espírito de fraternidade não separa pessoas.
    Nos países predominantemente religiosos, como o nosso, pessoas dizem que a igreja, que Jesus, que deus etc. não comungam com a homoafetividade. Pergunta-se: e nos países predominantemente ateus??? Como funciona isso onde o cristianismo não existe??? No candomblé, por exemplo, a homoafetividade é tão aceita quanto o outro lado; por quê? Em outras instâncias e em outras épocas a homoafetividade também é (ou foi) bem-aceita; por quê? No reino dos animais também se constata relações homossexuais? O que dizer disso?
    Finalmente, a homofobia tem um componente psicológico: é muito comum o homofóbico ser um homossexual que mantém sua homossexualidade dentro de uma panela de pressão; então ELE precisa atacar àqueles que vivem livremente, nos quais ELE se vê. Existe também o caso de relações sexuais desastrosas ou infelizes que fazem com que uma das partes passe a ter rejeição pela homoafetividade... Quem tem sua sexualidade bem resolvida não se interessa pela sexualidade alheia; não se interessa mesmo!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. então vc se compara há um animal irracional? homossexualismo é a maior praga que já existiu

      Excluir
  11. Quando alguém recorre a explicações a partir do que aprende na cartilha da igreja evidencia que esse alguém não tem opinião própria nem a natural sensibilidade para compreender o que requer apenas entendimento. O espírito de fraternidade não separa pessoas.
    Nos países predominantemente religiosos, como o nosso, pessoas dizem que a igreja, que Jesus, que deus etc. não comungam com a homoafetividade. Pergunta-se: e nos países predominantemente ateus??? Como funciona isso onde o cristianismo não existe??? No candomblé, por exemplo, a homoafetividade é tão aceita quanto o outro lado; por quê? Em outras instâncias e em outras épocas a homoafetividade também é (ou foi) bem-aceita; por quê? No reino dos animais também se constata relações homossexuais? O que dizer disso?
    Finalmente, a homofobia tem um componente psicológico: é muito comum o homofóbico ser um homossexual que mantém sua homossexualidade dentro de uma panela de pressão; então ELE precisa atacar àqueles que vivem livremente, nos quais ELE se vê. Existe também o caso de relações sexuais desastrosas ou infelizes que fazem com que uma das partes passe a ter rejeição pela homoafetividade... Quem tem sua sexualidade bem resolvida não se interessa pela sexualidade alheia; não se interessa mesmo!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Falou tudo, cara, incrível, só incrível, vou usar esses argumentos a partir de hoje quando alguém vier discutir comigo sobre isso, valeu mesmo

      Excluir
  12. Por engano, repeti a publicação. Perdão.

    ResponderExcluir
  13. Temos que acabar com o discurso liberalista, tratar as anomalias com remédios e terapias. O Mundo está aceitando o anormal como possível e saudável.
    Vamos nos reunir !!!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Vai tomar no cu seu preconceituoso irracional do caralho! Quem tu acha que é pra sair por aí definindo oque é normal ou não? É uma forma de amor, não é? Então vai cuidar da sua vida, no dia que alguém desrespeitar algum relacionamento seu a gente conversa no mesmo patamar porque aí tu vai entender a burrice que tu falou!

      Excluir

Postar um comentário